[Esse texto foi publicado originalmente na fanpage do Relatos de um Garoto de Outro Planeta no Facebook em 19 de Outubro de 2017. Nesse texto eu digo que essa foi a minha única crise de euforia, mas de lá para cá eu tive outras crises, porém não tão intensas quanto essa.]
Lembro que a minha libido aumentou muito e eu me masturbei várias vezes no mesmo dia. Os sintomas da doença se manifestam de forma diferente em cada paciente, existem pessoas que ficam agressivas, ou tagarelas, ou gastam muito dinheiro, etc. No meu caso os gatilhos são sexuais.
Não consegui me conter e me insinuei para várias pessoas pela internet, incluindo amigos e pessoas próxima, mesmo estando em um relacionamento. Nas minhas contas foram umas 100 pessoas.
Eu me senti o máximo, um galã. Tirei muitas fotos sensuais e me achava tão sexy que resolvi publicar uma das fotos no meu perfil porque o mundo precisava ver. Absurdo? São os tais delírios de grandeza, eu estava completamente fora de mim.
Tinha dificuldade para dormir, dormia 2h por noite, mas sentia como se tivesse dormido uma noite inteira. Sentia tanta energia que as vezes ficava saltitando.
Senti muitos desejos proibidos. Tive vontade de marcar um encontro sexual de madrugada, tive vontade de usar drogas, tive vontade de beber bebidas alcoólicas até ficar bêbado. Coisas que nunca fiz.
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Felizmente consegui me controlar com auxílio do remédio calmante que a minha médica me prescreveu e não fiz a maioria das coisas que tive desejo.
Dizem que a euforia é viciante e eu consigo entender porque, por alguns dias me senti livre dos meus bloqueios morais, me senti grandioso, mais vivo do que nunca, não pensava nas consequências só queria viver o extremo.
Depois de alguns dias a euforia foi embora e veio a depressão muito mais forte que antes, só ficava na cama e não conseguia comer 😔
É bom olhar pro passado porque percebo o quanto eu melhorei.
Existe uma teoria de que os personagens da série Ursinho Pooh representam transtornos mentais e o personagem Tigrão representaria os episódios eufóricos (não sei se essa teoria é verdade, mas achei ele perfeito para ilustrar essa publicação).
Rafael, obrigada por compartilhar suas experiências. Ha alguns dias fui diagnosticada com TAB depois de uma vida inteira deprimida e tratando somente depressão. Quando a euforia virava achava que era normal. Minhas depressões foram ficando cada vez mais profundas, assim como a mania, fiz muita coisa que me arrependo. Enfim, agora eu não sei quem sou, ora tava muito bem ora tava muito mal, não sei qual o meio termo, to bem perdida.
ResponderExcluirEspero que com o tratamento você consiga se encontrar. O diagnóstico correto é o primeiro passo
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