[Essa resenha foi publicada originalmente na fanpage de Relatos de um garoto de outro planeta no Facebook no dia 8 de Dezembro de 2018. Fiz algumas melhorias no texto, bem como incluí imagens para ilustrar 😉.]
A saga Monstros do Id, uma das primeiras sagas da primeira série da TMJ e é totalmente inspirada em Psicologia e Psicanálise, por isso resolvi fazer uma resenha dela aqui no blog. Espero que gostem 😇.
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A saga Monstros do Id, uma das primeiras sagas da primeira série da TMJ e é totalmente inspirada em Psicologia e Psicanálise, por isso resolvi fazer uma resenha dela aqui no blog. Espero que gostem 😇.
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Breve resumo do sucesso da Turma da Mônica Jovem para contextualizar
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Primeira edição, lançada em 2008 (Imagem retirada da internet) |
No início a revista tinha alguns problemas de roteiro, especialmente na primeira saga, mas ela tomou rumo rápido e eu pessoalmente adoro a primeira série da TMJ, além de que ela é considerada a série de quadrinhos mais bem-sucedida da história do Brasil e uma das mais vendidas do mundo 😱.
Recentemente (acho que deve fazer uns 2 anos no máximo) a revista passou por reformulações, após 100 edições da primeira série a numeração voltou para o #1, ela abandonou o conceito de "estilo mangá" e é mais focada em histórias que terminam em apenas uma edição ao invés das antigas sagas divididas em partes.
Eu sinceramente odiei essas mudanças e a qualidade da revista decaiu horrores, a maioria das histórias são sem sal, teve uma ou outra edição mediana e apenas uma saga (composta de 2 edições) intitulada "O Portal das Trevas" que foi realmente boa. Sigo colecionando na esperança de que melhore 😕.
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Primeira série icônica e bem sucedida da Turma da Mônica Jovem está sendo relançada em encadernados que reúnem de 2 a edições por volume. (Imagem de divulgação da Panini) |
Mas a primeira série da TMJ composta de 100 edições (que está sendo relançada em encadernados) é incrível e possui uma infinidade de histórias boas e memoráveis de cada um dos roteiristas, na época da primeira série a revista tinha mais histórias que ocorriam em mais de uma edição, de 2 a 3 edições e também existem super sagas que são sagas compostas de vários outros arcos que juntos compõem uma história mais elaborada.
A principal super saga da TMJ é a chamada Supersaga do Fim do Mundo escrita pelo talentoso roteirista Emerson de Abreu que foi um dos idealizadores da TMJ e é um dos roteiristas responsáveis por várias coisas memoráveis na história da Turma da Mônica (como a ascensão da Denise como personagem relevante, por exemplo).
A Supersaga dele trás vilões antigos da turma com uma cara nova e isso trás um misto de nostalgia com excitação, infelizmente faz anos que a super saga dele não possui continuação e não tem previsão de retorno.
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Saga Umbra é uma das mais legais das que compõe a supersaga do Fim do Mundo. |
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O Portal das Trevas - história que pertence a Supersaga SAVERT. (Imagem retirada da internet) |
Outra supersaga é a chamada SAVERT que é do roteirista Wagner Bonilla que também é um dos melhores da MSP, ela começou na revista do Chico Bento Moço e agora faz parte da TMJ também.
A saga do Portal das Trevas foi escrita por ele e faz parte dessa saga, o nome "SAVERT" é basicamente "TREVAS" ao contrário e se refere a uma espécie de empresa maligna e sobrenatural por trás da trama.
As edições dessa saga que foram publicadas até agora (Chico Bento Moço 22 - Bravura Indomável, Chico Bento Moço 23 - A Árvore da Vida, Chico Bento Moço 25 - Zona de Contágio Parte 1, Chico Bento Moço 26 - Zona de Contagio Parte 2, Turma da Mônica Jovem 114 - O Portal das Trevas Parte 1 e Turma da Mônica Jovem 115 - O Portal das Trevas Parte 2) possuem enredos voltados para o sobrenatural com influências de filmes de terror clássicos.
Essa resenha é sobre a saga Monstros do Id que foi uma das primeiras sagas da revista e é composta de 3 edições (na publicação original: #15, #16 e #17, no relançamento: Volume 7), foi escrita pelo roteirista Marcelo Cassaro que na época era um dos meus roteiristas preferidos porque ele sempre trazia elementos de ficção científica e até mesmo viagens no tempo, universos paralelos.
Uma saga dele que eu também amo é a saga O Brilho de Um Pulsar, talvez eu fale dela em outra publicação, mas ela não tem muito a ver com o tema da página como essa outra saga tem, então vou pensar sobre isso. Hoje o Marcelo tem escrito edições muito fracas, algumas das piores da segunda série da TMJ, não sei se a culpa é dele ou se estão limitando a sua criatividade, mas não deixo de ficar decepcionado.
Vamos a essa saga: como o nome dela sugere, ela é sobre Psicologia, mas precisamente Psicanálise e Freud. Foi um dos meus primeiros contatos com Psicologia como teoria também e, claro, fiquei fascinado, na época eu sequer tinha entrado no técnico em que eu só fui entrar em 2010 quando eu tive mais contato ainda com essa ciência por ter uma matéria de Psicologia toda semana (meu técnico foi de Design Gráfico).
A história é bem parecida com as histórias da série Shin Megami Tensei: Persona que é uma série de vídeo games e animes que é fortemente baseada na Psicologia Analítica/Complexa criada pelo psicólogo e psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, tal abordagem é derivada da Psicanálise e o Jung já foi pupilo de Freud antes de romper e fundar sua própria escola de pensamento.
A saga do Portal das Trevas foi escrita por ele e faz parte dessa saga, o nome "SAVERT" é basicamente "TREVAS" ao contrário e se refere a uma espécie de empresa maligna e sobrenatural por trás da trama.
As edições dessa saga que foram publicadas até agora (Chico Bento Moço 22 - Bravura Indomável, Chico Bento Moço 23 - A Árvore da Vida, Chico Bento Moço 25 - Zona de Contágio Parte 1, Chico Bento Moço 26 - Zona de Contagio Parte 2, Turma da Mônica Jovem 114 - O Portal das Trevas Parte 1 e Turma da Mônica Jovem 115 - O Portal das Trevas Parte 2) possuem enredos voltados para o sobrenatural com influências de filmes de terror clássicos.
A Saga Monstros do Id
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O mundo dos monstros do Id no Inconsciente. (Imagem retirada da internet) |
Essa resenha é sobre a saga Monstros do Id que foi uma das primeiras sagas da revista e é composta de 3 edições (na publicação original: #15, #16 e #17, no relançamento: Volume 7), foi escrita pelo roteirista Marcelo Cassaro que na época era um dos meus roteiristas preferidos porque ele sempre trazia elementos de ficção científica e até mesmo viagens no tempo, universos paralelos.
Uma saga dele que eu também amo é a saga O Brilho de Um Pulsar, talvez eu fale dela em outra publicação, mas ela não tem muito a ver com o tema da página como essa outra saga tem, então vou pensar sobre isso. Hoje o Marcelo tem escrito edições muito fracas, algumas das piores da segunda série da TMJ, não sei se a culpa é dele ou se estão limitando a sua criatividade, mas não deixo de ficar decepcionado.
Vamos a essa saga: como o nome dela sugere, ela é sobre Psicologia, mas precisamente Psicanálise e Freud. Foi um dos meus primeiros contatos com Psicologia como teoria também e, claro, fiquei fascinado, na época eu sequer tinha entrado no técnico em que eu só fui entrar em 2010 quando eu tive mais contato ainda com essa ciência por ter uma matéria de Psicologia toda semana (meu técnico foi de Design Gráfico).
A história é bem parecida com as histórias da série Shin Megami Tensei: Persona que é uma série de vídeo games e animes que é fortemente baseada na Psicologia Analítica/Complexa criada pelo psicólogo e psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, tal abordagem é derivada da Psicanálise e o Jung já foi pupilo de Freud antes de romper e fundar sua própria escola de pensamento.
Na série Persona (nos jogos que eu joguei que são do 3 até o 5) uma coisa que ocorre com frequência é os personagens terem que confrontar a sua sombra (Persona 4) ou confrontar a sombra de outros personagens da história (Persona 5).
O que é sombra? Segundo a obra do Jung, sombra é um arquétipo que contém todas as coisas que nós negamos como sendo parte de nós mesmos tais como sentimentos reprováveis socialmente ou pela nossa consciência. Exemplo: no Persona 4 tem uma personagem chamada Chie Satonaka que tem uma amizade muito grande por outra personagem chamada Yukiko Amagi então em determinado momento da história ela tem que confrontar a sua sombra que vem a ela em uma forma "física" em outra dimensão e fala com ela jogando na cara dela vários sentimentos reprováveis que ela tem, inclusive com relação a Yukiko, como no fundo ela se sentir bem porque a Yukiko é muito dependente emocionalmente dela porque ela tem inveja da Yukiko que é desejada pelos outros garotos.
Como ela reage? Ela nega com todas as forças que esses sentimentos existam dentro dela e como consequência a sombra se fortalece e vira um monstro que precisa ser derrotado no jogo.
Outro arquétipo que é abordado na série é a persona (que dá nome ao jogo). Na verdade o jogo trabalha muitos arquétipos e várias outras coisas da teoria do Jung, é um prato cheio para quem gosta de Psicologia. Eu já falei da série Persona várias vezes aqui na página/blog, mas nunca fiz uma publicação muito grande e elaborada sobre ela, aguardem que ainda farei resenhas dos principais jogos da série (3, 4 e 5) 🤔🤔🤔.
Gameplay do boss da sombra da Chie no Persona 4 Golden (remake do jogo para PSVita)
Breve definição de Persona:
Persona significa máscara. A palavra vem do teatro grego, onde cada personagem utilizava uma máscara para construir seu personagem. A palavra personagem, por sua vez, surgiu da palavra persona. Em latim, per-sona que dizer através do som.
A persona é como se fosse um papel para interpretarmos para sermos vistos pelos outros.
Jung percebeu que nós agimos de maneira diferente em cada ambiente social, de que precisamos ser aceitos para pertencer ao grupo, e temos que nos adaptar dependendo da circunstância.
Texto completo: Persona – Conceito de C. G. Jung. Site: Psicologia MSN
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Diagrama resumindo o aparelho psíquico para Jung. (Imagem retirada da internet) |
- Leia mais a respeito em: A Estrutura Psíquica para Carl Gustav Jung - Site PsicoArtigos.
A revista é em P&B, mas tem umas partes pintadas de azul e vermelho nessa saga, especificamente, não sei porque, mas até que ficou legal.
O que é Id? Bem, eu já expliquei em outras publicações, mas pode ser que essa seja a sua primeira publicação na página/blog, então vou dar uma pincelada novamente.
Nosso aparelho psíquico, segundo Sigmund Freud, é composto de 3 estruturas: Id, Ego e Superego. O Id é composto pelos nossos instintos e pulsões e ele é guiado pelo princípio do prazer, ele não tem moral, ética ou qualquer preocupação com o outro, é totalmente egoísta.
Já o Superego é o oposto do Id, ele é a parte moral da nossa psique e representa os valores da sociedade. O Ego é o mediador entre o Id e o Superego e é baseado no princípio da racionalidade.
Vídeo do canal Psicoativo sobre a teoria do Id, Ego e Superego

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Soranin (do japonês: pessoa céu) - Monstro do Id do Cebola Características: mentiroso e manipulador |
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Mônica encontra Akanin (do japonês: pessoa vermelha), seu monstro do Id. Características: raiva, agressividade e comportamento autoritário. |
Eu não vou dar muito mais detalhes sobre o enredo porque são edições muito boas e eu não quero dar nenhum spoiler, quem estiver com vontade de ler pode encontrar ela aqui.
A MSP também possuí o aplicativo chamado Banca da Mônica (Versão para iOS, Versão para Android) em que é possível adquirir versões digitais de revistas de várias séries (incluindo a Turma da Mônica Jovem) além de algumas opções de assinaturas de quadrinhos versão digital.
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Dr. Bikkuri, principal vilão do arco (à esquerda) e Professor Licurgo (Louco), personagem clássico da turma (à direita). (Imagem retirada da internet) |
Oi, Rapha! Vc sempre me trazendo novidades em forma de bons conteúdos! Já te disse que adoro Maurício de Sousa por aí,mas confesso que essa parte mais teen conheço pouquíssimo! E esse lado sombrio não sabia da existência mesmo! Muito legal! Sem contar que trata de um lado mais voltado à psique, não é?! Adorei! Até gostaria de ter colocado na minha TBR desse mês! Quem sabe na próxima?!😉 Bjs
ResponderExcluirGosto bastante dessa primeira temporada da Turma da Mônica Jovem. Infelizmente, a qualidade caiu bastante na segunda :'(
ExcluirAdorei saber que você é fã do Maurício de Sousa desde pequeno. Posso dizer que a Turma da Mônica, marcou a minha infância de muitas maneiras. Porém, eu nunca cheguei a acompanhar essa fase da edição da Turma da Mônica Jovem. Mas agora, fiquei curiosa. Gostei de saber que você voltou a colecionar, recentemente. O que mais tem aqui em casa, é Gibi da turma da Mônica em pilhas espalhadas em algum lugar por aqui. Rs'.
ResponderExcluirRecomendo muito essa primeira temporada. A segunda eu já acho fraca :'(
ExcluirOlá
ResponderExcluirEu estou maravilhada com tamanha descrição que você fez sobre os temas e abordagens psicológicas que os quadrinhos abordam que eu nunca ia imaginar que eles tinham tamanha profundidade. Vivendo e aprendendo e fiquei mega curiosa para conferir os que estão sendo relançados porque parecem ser mais consistentes e melhores para leitura.
Beijos
Li essa saga pela primeira vez na minha adolescência, na época que publicaram pela primeira vez. Desde aquela época acho que fiquei fascinado por esses temas <3
ExcluirOi, tudo bem? Que análise interessante. Confesso que hoje não leio tanto os quadrinhos da Turma da Mônica então não sei como são as historinhas. As que me lembro são de quando era criança. De vez em quando encontro algumas perdidas no sebo. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirEssa história é bem antiga até. É do começo da Turma da Mônica Jovem.
ExcluirTurma da Mônica é meu ponto fraco hahahaha
ResponderExcluirAmo esse universo em um todo!♡
Amei o post, e já quero esses quadrinhos *-*
Que bom que você gostou <3
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