Abrace seu lado malvado - Psicologia Analítica (Reflexão)

Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung
(Imagem - divulgação Netflix)

Estive muito ausente no blog ultimamente porque estive ocupado com muitos outros projetos. Estou abrindo uma empresa com outros profissionais produtores de conteúdo e estive trabalhando na identidade visual dela. Isso tomou muito do meu tempo e o blog ficou parado. Esse foi o mês mais parado já que eu só cheguei a publicar 2 post novos, vão ser 3 com esse, sendo que um deles nem fui eu quem escreveu, já que foi um guest post.

[Atualização 23/07/2020: estou revisando alguns textos antigos do blog e adicionando observações. Com o passar dos anos estudando, venho mudando de opinião a respeito de algumas questões, porém, não pretendo apagar posts antigos a menos que eu sinta que eles possam causar algum efeito negativo. Quero deixar claro que eu não sou psicólogo e não sou formado em psicologia, sou estudante, procurei fundamentar este posts com fontes e informações que poderiam ser úteis a mim na época que eu sofria com os meus sintomas, mas não havia procurado tratamento. Nada disso exclui consultas ou informações com profissionais!

Também preciso esclarecer que, apesar do título do post, o conceito de sombra junguiano não é de fato nosso lado malvado, mas sim do qual nos envergonhamos.]

Nos primeiros meses do blog eu chegava a publicar de 10 a 12 textos novos por mês, mas esse ritmo foi caindo bastante a partir do mês passado porque fui assumindo outras responsabilidades fora dele e ainda estou aprendendo a gerir meu tempo. Não é fácil manter um blog como o meu porque eu preciso estudar muito para cada post, mesmo os posts pequenos e sou eu quem cuida de todas as redes sociais e a divulgação. É uma paixão minha, amo fazer isso, mas fico cansado mesmo assim porque dá um trabalhão.

E aí junta: + Escrever posts novos + Desenvolver layouts para as redes sociais + Divulgação do blog + Abrindo uma empresa com outras pessoas + Fazer reuniões com meus colegas de trabalho + Networking + Cuidar da casa + Cozinhar + Relacionamentos + Vida social + Beber água o suficiente + Fazer atividades físicas e se alimentar corretamente.

É enlouquecedor! 😰😰😰

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To parecendo esse GIF.

Mas estou de volta e muito inspirado! O tema desse post tem tudo a ver com a Psicologia Junguiana e talvez alguns conceitos de Psicanálise e veio de reflexões que fiz esse último mês sobre a minha vida e especialmente meus relacionamentos.

Não tem jeito, por mais que eu planeje os posts do blog, sinto que os melhores são esses, parece que caem do céu prontinhos, uma tempestade criativa. Então vamos lá. Vou começar contando como cheguei nessas reflexões recentemente.

Senta que lá vem castelo de texto, mas prometo que vale a pena ler tudo!


A paixão por viver retornando (profissionalmente)

Minha vida tem mudado muito ultimamente, talvez nos últimos 3 anos em consequência do meu tratamento. Antes eu não me sentia capaz de pegar responsabilidades para mim, pensava que talvez nunca daria certo profissionalmente. Estudava coisas que eu não gostava, trabalhava também. Parecia que eu acreditava não ser possível fazer o que se gosta ou estudar o que se acredita.

Quando eu fazia qualquer coisa sempre me sentia cobrado, até se fossem atividades que supostamente por prazer, como desenhar, jogar vídeo game ou ver filmes. De repente tudo havia se tornado obrigação e eu estava paralisado. Não sentia paixão por viver, apenas cobrado, como se a vida se resumisse a isso.

Pra piorar eu tinha uns problemas de ansiedade e pânico relacionados a sexualidade que faziam com que eu não conseguisse simplesmente viver minha vida sexual livremente. O sexo, que era para ser algo prazeroso, gostoso e relaxante, havia se tornado uma coisa estressante e assustadora. Esse é o tema de um dos meus poemas, inclusive: Sexo (Poema).

Isso me frustrava muito porque gosto muito de sexo e sempre há garotos muito bonitos e interessantes a fim de mim, só que eu tinha que recusar e fugir deles para não surtar.

Fui trabalhando isso no decorrer do meu tratamento. Criei a página, inicialmente a minha ideia era publicar nela sem me comprometer. Escreveria quando estivesse com vontade e não ficaria me cobrando caso deixasse ela abandonada por muito tempo. Isso foi se estendendo para outras coisas, voltei a desenhar sem ficar me preocupando se o desenho estava bom ou não, desenhando pelo prazer de criar.

Essa técnica foi funcionando e, como podem ver, 2 anos depois a página se transformou em um blog que apesar de estar há apenas 4 meses no ar já acumula mais de 14 mil visualizações de página na data de hoje (24/04/2019). São números muito altos para um site tão novo.

Eu acesso muito outros blogs e alguns colocam aquele widget de visualizações de página, alguns que acompanho tem mais de 2 anos de existência e tem até parcerias com editoras ou anunciantes que tem umas 90 mil visualizações no total. Se em apenas 4 meses já acumulei 14 mil views, imagina em 1 ano inteiro ou 2?

Realmente percebo que o meu desempenho está acima da média e eu não fiz o blog buscando esses números. Ele começou como um hobby e está virando minha profissão, ele abriu portar para mim. Graças ao blog estou começando a trabalhar como redator e produtor de conteúdo fora dele. Graças a ele que estou abrindo a empresa que comentei aí em cima.

Se antes eu não estava querendo me comprometer e pegar responsabilidades para mim, hoje estou cheio deles que eu mesmo optei por tomar. Estou completamente o oposto.



A paixão por viver retornando (vida sexual-afetiva)

Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung

Mas a vida não é só trabalho e estudo. Outra queixa que eu tinha era a respeito da minha sexualidade, como comentei mais acima. Então como eu já estava sentindo que minha vida profissional finalmente tomou rumo, decidi que agora era hora de tentar resolver esse outro problema.

Resolvi conhecer pessoas, fazer amizades e também flertar. Ter uma vida social e sexual.

Isso também foi dando certo aos poucos. Fiz muitos novos amigos, joguei vídeo game com eles, assisti séries, etc. Fui para baladas e senti como é estar alcoolizado pela primeira vez (bêbado não, levemente alterado pelo álcool).

Conheci garotos atraentes, fiquei e tive relações sexuais com eles. Consegui fazer coisas na cama que eu não costumava conseguir e que inclusive já tinha deixado de acreditar que era possível. Tudo muito intenso…

Fui percebendo que é possível viver, sentir prazer na vida. Tanto o prazer de trabalhar em uma coisa que gosto e estudar algo que acredito, a Psicologia, quanto o sexual, o de curtir uma noite ouvindo música alta, cantando e dançando. Sem se preocupar em fazer o certo sempre, sem as mil cobranças que sempre me atormentaram.

Porém, passando um tempo nessa vida comecei a me sentir cansado… Exausto.

De repente não estava mais dando conta das minhas obrigações. O blog ficou parado, a página ficou parada. Atrasei trabalhos que estava fazendo. Algo estava errado…


Sobrecarregado



[Meu ciclo:

1 - Fico focado no trabalho, no blog e em mim. Fazendo coisas sozinho em casa, curtindo minha companhia. Amigos meus ficam achando que eu sumi ou que eu não gosto mais deles porque fico ausente no WhatsApp e Facebook, etc.

~~VONTADE SÚBITA DE CONVERSAR, CONHECER PESSOAS E SAIR~~

2 - Começo a chamar as pessoas para conversar, mas ai é muita gente falando comigo, muita gente para responder e muitas cobranças. Convites demais para sair, que aceito, e também muitas visitas em casa.

3 - Vou me sentindo sobrecarregado porque não consigo responder todo mundo e fico cansado porque a maior parte do meu tempo livre eu gasto saindo ou com outras pessoas e não tenho mais aquele momento que eu só fico sozinho descansando;

3 - Surto e volto a me isolar. Volto para o item 1.

HELP.]

Senti que não estava dando conta de tudo. Não estava dando conta de ter uma vida social, mas, ao mesmo tempo manter meu trabalho em dia, o blog crescendo. Sentia como se todas as minhas energias estivessem indo embora de mim.

E aí me lembrei que esse é um dos motivos que me fazem não investir nisso. Sempre que tento viver mais, me sinto esgotado, abandono tudo e volto para minha conchinha. Minha querida desconfortável zona de conforto.

Só que dessa vez eu queria fazer diferente. Não quero voltar para minha bolha, preciso entender o que está causando esse sentimento! Deve haver uma maneira de equilibrar as coisas, não?




As cartas falaram comigo


Quem me conhece sabe que sou uma pessoa muito cética e não acredito em astrologia ou em nada esotérico, ou sobrenatural. Não sigo uma religião e também não sinto falta disso, mas tem um amigo meu que é tarólogo e acho divertido ficar brincando de ler minha vida por meio das cartas, mesmo que eu não acredite que aquilo tem um significado maior. Até porque eu assisti O Mundo Sombrio de Sabrina esses dias e há um episódio sobre tarot na segunda temporada.

Então esse meu amigo veio me visitar no último final de semana e jogou pra mim. Sigo não tendo fé que haja algo sobrenatural por trás, mas como nesse post vou falar bastante sobre sombras e a Psicologia Analítica de C.G. Jung, achei interessante trazer esse episódio do jogo já que Jung estudou muito os conteúdos psicológicos da humanidade nesse e em outros oráculos em sua obra.

Algumas cartas fizeram total sentido com meus sentimentos no momento, outras eu não me relacionei muito. Vou trazer aqui as que fizeram sentido:

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Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung
(Imagem retirada da internet)

9 de Paus
Segundo ele, as cartas do tarot possuem muitos significados possíveis e interpretações dependendo da posição em que elas aparecem no jogo. Além de que existem vários tipos de jogo possíveis, né?

Essa carta apareceu em uma posição em que ela significa que estou me sentindo sobrecarregado nas minhas relações.

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Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung
(Imagem retirada da internet)

5 de Ouros
Nesse contexto, essa outra carta significa que estou me sentindo desamparado e sem suporte.

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Estou me sentindo muito sobrecarregado de fato e percebi que isso tem a ver com a dinâmica das minhas relações interpessoais serem muito unilaterais. Doo muito de mim para todos, mais do que recebo e me sinto tão esgotado. Sobra pouca energia para mim…

Por isso acabo tendo essas fases de muito isolamento social porque me relacionar demais acaba comigo.


Quero ser sempre o bonzinho

Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung
Eu tentando ser a segunda volta de Jesus o tempo todo. (Imagem retirada do site Uihere)

Não posso simplesmente culpar as pessoas por me usarem porque também tenho minha parcela de culpa. A forma como me comporto deixa as pessoas propensas a isso. Elas ficam mal acostumadas e literalmente sentam em cima de mim.

Doo muito de mim mesmo para todos porque, no fundo, quero que me vejam como o bonzinho.

Na escola eu era um dos alunos mais inteligentes da turma e eu passava cola para a sala inteira. Algumas pessoas pediam que eu fizesse trabalhos para elas, às vezes para que eu me locomovesse até a casa delas no meu tempo livre para isso.

Nos trabalhos em grupo, era sempre eu que carregava todos nas costas. Alguns alunos pediam para que eu ajudasse eles com trabalhos de redação, mas no final eu quem acaba ditando o texto inteiro e eles só escreviam.

Na minha última empresa eu ajudava todos os funcionários iniciantes, mesmo também sendo iniciante. Ou seja, é um padrão que se mantém na minha vida.

Em todos esses casos eu me sentia esgotado e sem energia. Em muitos momentos, não dava conta do meu próprio trabalho.

Leia mais sobre minha adolescência:

Por quê? Tive uma criação muito católica e no catolicismo existe muito a noção de que temos que ser bons para o outro o tempo inteiro, sem distinção e seremos recompensados no futuro.
"Digo, porém, a vós que me ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos insultam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te tira a capa, não lhe negues a túnica. Dá a todo o que te pede; e ao que tira o que é teu, não lho reclames. Assim como quereis que vos façam os homens, assim fazei vós também a eles." (Lucas 6:27-31)
Eu também pensava que se eu fosse um filho comportado e obediente, eu seria amado e respeitado pelos meus pais.

Só que o que acontecia era o oposto, assim como meus colegas de escola, meus pais sentavam em cima de mim. Quanto mais obediente eu era, mais eles me controlavam e não respeitavam minhas emoções, opiniões e vontades.

Ser bonzinho demais me adoce…

Eu só comecei a ser mais respeitado pela minha família justamente quando passei a enfrentá-los e me impor. Deixar o certinho ou "correto" de lado.

Publicação que fiz no último domingo porque já estava fazendo essas reflexões.

Eu não sou religioso há muitos anos já, desde os 16 anos, mas ainda tenho esses resquícios em mim. Resquícios que nunca havia percebido até recentemente.

Será que tenho que ser bom o tempo inteiro mesmo? Será que a maldade, ou as trevas são sempre tóxicas e indesejáveis e devem ser evitadas?



Pacifismo tóxico

Uma coisa que tenho percebido muito ultimamente é como sou pacífico também de um jeito que me adoece.

Tenho um movimento de conversar com as pessoas do meu convívio sobre as minhas frustrações na minha relação com elas. Acontece que eu sempre faço isso do jeito mais pacífico do universo. Se alguém que gosto faz algo que me magoa, tento conversar com a pessoa, nunca me permito se exaltar. Endurecer o tom de voz? Em hipótese alguma. É quase como se eu sentisse que a minha ira é errada e eu tivesse que engoli-la.

Afinal, pessoas raivosas são más, né? E eu preciso ser bonzinho, então se alguém me magoa vou lá e ofereço a "segunda face" emocional para a pessoa bater. Alguém pega minha capa? Ofereço a túnica, mesmo que eu fique morrendo de frio… 😕

Geralmente as pessoas admitem o vacilo, mas logo em seguida começam a se lamentar por terem cometido tal erro em um movimento que faz com que a conversa que era sobre meu sentimento se torne sobre o delas.

Exemplificando melhor:
1 - Amigo ou pessoa querida me magoa;
2 - Reprimo toda raiva ou sentimento negativo que sinto no momento;
3 - Tento dialogar com a pessoa o mais pacificamente possível sobre o "vacilo";
4 - A pessoa começa a se sentir mal e culpada por ter dado a mancada;
5 - Ela começa a se lamentar comigo sobre ela se sentir uma péssima amiga e como ela faz tudo errado;
6 - Terminamos a conversa com eu consolando a pessoa e fazendo ela não se sentir mal por ter me magoado.

Mas e a minha mágoa? Quem conforta? 😰

E percebo que tanto meu comportamento quanto o das pessoas influencia isso. O meu porque deixo, protejo as pessoas de se sentirem mal por terem me magoado. E o comportamento das pessoas porque elas ficam mal acostumadas, então elas sabem que sempre que discutirem comigo, se começarem a se lamentar, a conversa vira sobre elas e não sobre mim…


As trevas são tão necessárias quanto a luz

Essa noção de que a luz é o ideal e que as trevas são indesejáveis e não deveriam existir é uma visão maniqueísta muito presente na nossa cultura ocidental até agora.

Maniqueísmo é a uma filosofia religiosa fundada por Maniqueu, filósofo cristão do século III D.C.. Ela divide o mundo em bem e mal. O bem está relacionado ao espírito e o mal à matéria e ao carnal.

Apesar de essa doutrina ter sido considerada uma heresia pela Igreja, podemos observar alguns conceitos presentes até hoje tanto no Catolicismo quanto nas Igrejas cristãs protestantes e até em religiões não-cristãs. A ideia de que devemos sempre buscar a santidade e renunciar ao mundo e aos prazeres carnais e da vida.

Alguns evangélicos, inclusive, utilizam muito o termo mundano/profano de forma negativa para se referir a tudo que não tem conotação religiosa cristã. Músicas mundanas devem ser evitadas e, por isso, começou a surgir um monte de subgêneros de música gospel: rock gospel, funk gospel (sim, até funk), etc.

No entanto, algumas filosofias orientais não veem o mundo dessa forma. Para elas, nem tudo é somente luz, nem tudo é apenas trevas. As duas se combinam e são necessárias para o equilíbrio.


Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung
(Imagem retirada do site Clipartmax)

Yin-Yang - Antiga teoria chinesa sobre as duas forças opostas e complementares da natureza. A força yin está associada ao feminino - a terra, a escuridão, o frio, a noite, a lua e a passividade. A força yang associa-se ao masculino - os céus, a luz, o calor, o dia, o sol e a atividade. De acordo com a teoria yin-yang, o ciclo sazonal e toda a ordem da natureza explicam-se em termos da progressão da alteração do equilíbrio das duas forças. (HINNELLS, 1989).

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As Aventuras de Jackie Chan, desenho baseado no ator chinês que passava nas manhãs da Globo quando eu era criança. (Imagem retirada da internet)

Esse assunto é abordado em um episódio do desenho As Aventuras de Jackie Chan que passava na TV quando eu era pequeno. O enredo gira em torno de 12 talismãs mágicos que representam os signos do zodíaco chinês. Cada um representa um poder do demônio Shendu, vilão da série que foi transformado em pedra e precisa recuperá-los para voltar a sua forma antiga.

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Jackie Chan - Talismã do Tigre.
(Imagem retirada da internet)

O talismã que representa o equilíbrio entre as forças Yin-Yang é o do Tigre:
Tio Chan: "O talismã do tigre possui o poder do equilíbrio. Dentro de cada um de nós existem forças que estão sempre em conflito: Yin-Yang, luz e trevas, bondade e maldade."
No episódio sobre esse talismã, ele se rompe fazendo com que o Jackie seja divido em 2: o Jackie bom e o Jackie mal.

O Jackie mal é praticamente um psicopata perverso, enquanto o Jackie bom é inútil, se culpa por tudo e sofre um luto porque matou uma barata por acidente. Isso gera uma baita confusão.

Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung
Jackie mal e Jackie bom, respectivamente. (Imagem retirada da internet)

A grande mensagem do episódio é que precisamos tanto da luz, quanto das trevas para termos equilíbrio e sermos completos. Nenhum dos dois exclusivamente é autossuficiente ou saudável. Além disso, a luz tem um pouquinho de trevas e vice-versa.

Eu estava vivendo muito em função da luz, tentando ao máximo ser bonzinho e reprimindo meu lado mal. Isso estava me esgotando e me adoecendo, porém, se analisarmos, eu tentava ser bom, gentil e disponível para os outros por querer ser aceito, amado e bem-visto. Não deixa de ser uma motivação egoísta, ou seja, a minha luz tem um pouco de trevas como a de todo mundo.

O próprio catolicismo e cristianismo como um todo precisa prometer recompensas para as pessoas no pós-vida para que elas busquem a pureza e a santidade, ou seja, elas buscam em benefício próprio.

Egoísmo é ruim em excesso, mas todos precisamos de uma dose dele.



"Todos temos a garra do demônio em nossa alma"

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O Mundo Sombrio de Sabrina (Imagem - divulgação Netflix)

Esse assunto também é abordado na série O Mundo Sombrio de Sabrina cuja segunda temporada estreou esse mês na Netflix. Nela a distinção entre bem e mal não fica clara. Não sabemos quem está do lado de Sabrina e quem não está. Muitas vezes personagens que teoricamente seriam do bem são vistos fazendo maldade ou coisas em prol de poder, ou benefícios próprios.

A própria Sabrina que é a protagonista e heroína se mostra alguém capaz de fazer o mal. Além disso, muitas coisas boas que ela faz claramente tem um fundo de egoísmo já que ela faz para ser bem vista, aceita e amada pelos seus amigos e/ou namorado.

A série traz muitas reflexões sobre as trevas presentes em nossos corações. As pessoas têm dificuldade de admitir sua própria perversidade, por isso elas atribuem ações más que elas fazem a uma entidade como o diabo da mitologia cristã.


Meu lado malvado

Abrace seu lado malvado (Reflexão) - Psicologia Analítica/Complexa C.G. Jung
Como podemos ser sólidos se não projetamos sombras?

A lição que fica é que devo abraçar meu lado malvado, todos devemos. Ele também faz parte de nós e ele é necessário. C.G. Jung chamava esse nosso lado malvado de sombra, Freud de Id.

Em ambos os casos ele é composto dos nossos impulsos e necessidades mais egoístas. Aquelas que não gostamos de admitir como parte de nós mesmos.

Leia também:

Com a terapia e o amadurecimento, aprendemos a domesticar esses nossos monstros internos. De certa forma tenho aprendido isso no decorrer dos anos, desde antes de começar meu tratamento, mas penso que só nos últimos meses que olhei mesmo para ele (o monstro). Especialmente nesse último mês.

Antes as coisas negativas que eu admiti como sendo parte de mim, eram questões que não abalavam essa minha fantasia de que sou bonzinho. Hoje olho como eu também sou capaz de coisas ruins, como eu também sou invejoso, manipulador, perverso, narcisista, carente de atenção, egoísta. Assim como todo mundo, TODOS temos todos esses traços e muitos outros, assim como temos traços considerados "bons" aos olhos da sociedade e isso que nos faz ser humanos completos com muitas facetas.


Bitch (Vadia)
Meredith Brooks

Sou uma vadia, sou uma amante
Sou uma criança, sou uma mãe
Sou uma pecadora, sou uma santa
Não sinto vergonha disso
Sou seu inferno, sou seu sonho
Não sou meio termo


Você sabe que não gostaria que fosse diferente


Essa música da Meredith Brooks retrata bem a reflexão que eu trouxe com essa publicação. Somos muitas coisas, coisas positivas e negativas, ou vistas como feias, como bonitas e ideais. Tudo ao mesmo tempo, e não somos meio-termo, a humanidade é ambivalente e isso é saudável.

Não busque ser o bonzinho(a) ou o ideal o tempo todo. O filho ideal, o funcionário ideal, o marido/esposa ideal, o paciente ideal… Você não é nem nunca vai ser, você também é trevas.

A perfeição não é perfeita porque ela não seria saudável. Paradoxal, não?

Um pouco de egoismo não faz mal a ninguém, não é mesmo? Já bondade e pacifismo tóxicos te esvaziam e sobrecarregam. Fica a reflexão 😇😈

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Referências

  1. SILVEIRA, Nise da. Jung: Vida e Obra (Coleção Vida & Obra). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981;
  2. JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo Vol. 9/1. 11ª. ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2011;
  3. "Manichaeism" Encyclopædia Britannica Online. Disponível em:<http://search.eb.com/bol/topic?eu=51774&sctn=1&pm=1>. Acesso em 24 de Abril de 2019;
  4.  HINNELLS, John R. Dicionário Das Religiões. São Paulo - SP: Círculo do Livro, 1989.



Comentários

  1. me vi muito nesse texto, mas uma milca de cinco anos atrás...
    eu era/estava exatamente assim, achando que nada se encacharia e nao daria certo profissionalmente, ainda bem que os dias passam viu
    fico feliz que está abrindo uma empresa, logo logo estará colhendo os frutos e já já vai olhar pra trás com orgulho.
    todos nós temos esse lado malvado e temos que abraça-lo de vez em quando sim, não faz mal, muito pelo contrário! parabéns pleo texto incrível!

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    1. Com certeza! Somos luz e trevas <3

      Não existe luz sem sombras.

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  2. Caraca!!! Quanta coisa, quantas revelações e um tantão de intensidade em um post só! Eu entendo o que é se perceber num ciclo vicioso e se esforçar por sair dele, é algo que exige auto conhecimento e muita força de vontade! Boa sorte!

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    1. Com certeza! Eu cheguei nesse ponto esse último mês, mas é resultado de anos de reflexão e mais uns anos de terapia.

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  3. Minha vida começou ao 15 quando fui mãe. Não pude ter dúvidas nem medos , tive que ser forte. Seu texto me fez refletir,me fez intender que todo ser uma diferente maneira de pensar agir e reagir.
    Parabéns por superar , por ir embusca da sua realização. Tanto afetiva quanto profissional.

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    1. Muito obrigado!

      Às vezes esses "males" acabam nos ensinando coisas e nos transformam. Eu imagino que deve ter sido muito difícil você ser mãe com essa idade, mas certamente você nunca mais foi a mesma.

      Obrigado por comentar!

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  4. Entendo sobre o número de postagens ter caído. Logo no início já cheguei a postar 25 posts em uma mês, hoje só consigo postar de 5/6 posts, por falta de tempo! Fico feliz por você está abrindo uma empresa te desejo tudo de bom? ❤ Adorei o post e a reflexão!

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  5. Concordo, é impossível ser perfeito, quem tem essa ilusão vai sofrer muito. O ser humano é falho, todos temos nossos lado bom e mau, o que precisamos é saber dosar essa dualidade pra conseguir chegar no equilíbrio. Fico feliz em saber que o blog te proporcionou tantas realizações, desejo que essas conquistas tragam muitas felicidades!

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    1. Muito obrigado!

      Espero também. Sinto que minha vida profissional tem mais paixão agora <3

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  6. A correria da vida é o que nos mantém vivos, acredito, se não teríamos tempo para nos contaminarmos com as coisas tóxicas que têm invadido a sociedade nos últimos tempos. Desejo sucesso com a empresa!

    De fato, às vezes ser "mau" não é ruim, ao contrário, é uma maneira para que não folguem sobre nossas costas e exigem coisas que não podemos atender. Talvez vejam como egoísmo, mas vejo como sensatez, precisamos reconhecer os nossos limites e todos os dias recitar o mantra que a Gestalt ensina: "não estou nesse mundo para viver de acordo com as suas expectativas e nem você está nesse mundo para viver de acordo cordões me acordo com as minhas".

    Abraços!

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    1. Adoro essa frase da Gestalt-terapia! Qualquer dia faço um post sobre essa abordagem conforme eu estudar mais.

      Obrigado por comentar!

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  7. Me identifiquei bastante com a parte do ser bonzinho e todos sentarem em cima. Abrir os olhos e se impor, ou ser mal as vezes é preciso. Torcendo muito pela sua empresa, vai dar tudo certo,

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  8. O belo e ao mesmo tempo assustador período da juventude é a busca pela perfeição, muitas cobranças e a busca do que se quer ser. Somente com a dupla tempo + maturidade se consegue encontrar o equilíbrio.
    Quando ao blog, a menos que você torne dele um trabalho, é natural o número de postagens se adaptarem a sua rotina.

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    1. Já se tornou um trabalho, mas não é o meu único trabalho agora, então não posso me dedicar integralmente a ele, mas acho que estou mantendo um bom ritmo de publicações. Agora foram 4 esse mês, mesmo número mês passado. Então é meio que um post por semana. O importante é ter qualidade também <3

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  9. Oi, tudo bem? Achei bem legal o post. As vezes precisamos nos afastar e dar atenção a outras tarefas, mas o importante é sempre voltar. Também acho que os melhores posts são aqueles mais espontâneos. Beijos, Érika =^.^=

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    1. Sempre percebo isso, por mais que eu tenha que escrever também quando não estou inspirado, buscando inspiração. E geralmente o resultado é bom, ainda é melhor nesses posts de epifanias que eu tenho kkkkk

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  10. Olá, tudo bem? Adorei o seu post, eu sei bem como é esse período de ausência, mas acho que você não deve se cobrar, deixe apenas fluir que sairão ótimos posts, um beijo.

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  11. Me identifiquei bastante com seu post, é difícil parar de nos cobrar tanto e aceitar que também temos o nosso lado ruim. Nos magoamos muito para não magoar os outros.

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    1. Como eu disse no post: a perfeição não existe porque essa perfeição que a gente idealiza nem seria saudável.

      Obrigado pelo comentário!

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  12. Eu também me cobro demais nas minhas atividades e preciso dosar um pouco, pois isso está me fazendo mal e eu também tenho meu lado maléfico que às vezes é diabólico, tenho até medo de mim.

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  13. Menino, fique calmo kkkkkk Amei o post e sinceramente, o seu trabalho aqui na blogosfera é de se apreciar e bater palma ❤ O bom é que você é uma pessoa dedicada, visto o texto que escreveu com tanto amor e determinação. Com certeza uma hora você vai conseguir administrar sua vida e colocá-la nos eixos. Bem, eu ainda estou tentando, né, mas tamo na luta até conseguir ❤❤

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  14. Olá
    Mais um texto que me identifico muito, também já sofri muito com essa coisa de ser boazinha, as pessoas montam mesmo, e quando, por alguma razão, você não pode fazer algo por elas, você e que está errada, é egoísta, individualista, grossa.
    No meu caso precisei dar um tempo para algumas pessoas por que o recebimento já estava ficando tóxico

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    1. Importante a gente aprender que egoísmo também é necessário ❤

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  15. Penso que a parte de sermos “bonzinhos” acontece um pouco com todos nós. Somos ensinados desde crianças a seguir as regras, ser bem-comportados e principalmente a agradar aos outros. Isto torna-se bastante problemático quando chegamos à idade adulta e vemos que o mundo à nossa volta se aproveita da nossa boa vontade. Esta é uma lição dura de aprender, mas uma vez aprendida começamos a desenvolver as nossas fronteiras pessoas e aprendemos finalmente a dizer “não”!

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  16. É verdade que todos temos que fazer o bem, mas tudo a um limite, sempre temos que aprender também a usar o famoso não de vez em quando, não como forma de maldade, mas para não acontecer dos outros só se aproveitarem. Já passei por muita coisa que você citou, é vivendo que vamos aprendendo né?
    Eu abri uma empresa em novembro do ano passado, sei como é trabalhoso, ta sendo até hoje, começo complica um pouco rs, mas as coisas vão se ajeitando, espero que de tudo certo.

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    1. Que legal! ❤

      Espero que sua empresa esteja indo bem e você esteja atingindo seus objetivos.

      De fato é muito importante a gente aprender que não devemos dar tudo de nós aos outros e não querer nada para nós. Custei entender isso.

      Obrigado pelo comentário!

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  17. Seu texto foi bem intenso e cheio de novas informações. Acredito que não existem alguém que seja 100% bom o mau, somos uma mistura dos dois e não há nada de errado com isso desde que que nossas escolhas não coloquem em risco outras pessoas. No mais não acho maldade se colocar em primeiro lugar e praticar um pouco de amor próprio.

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    1. Uma dose de egoísmo não faz mal e o altruísmo exagerado também pode ser bem tóxico. Obrigado pelo comentário!

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  18. Oii! :)
    Entendo bem a parte sobre gerir o tempo de uma forma que você consiga conciliar tantas coisas ao mesmo tempo, mas a partir do momento que fazemos algo porque gostamos, tudo dá certo. Por mais difícil que possa parecer no começo, as coisas vão se encaixando e espero que você consiga se organizar para conseguir manter tudo o que ama, mas sem esquecer da saúde mental (que na minha opinião é o mais importante :p).

    Enfim, adorei o seu post! ❤

    Beijos

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    1. Muito obrigado ❤

      Com certeza, como é tudo muito novo e eu também me meto em projetos novos toda hora, acabo tendo esses problemas, mas não vejo como algo impossível de organizar.

      O que com certeza não vou fazer é abandonar todos esses projetos e sonhos.

      Obrigado por comentar ❤

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  19. Me vi DEMAIS no seu texto e como a terapia me ajudou também! Foi incrível a forma como deu voz aos meus sentimentos de uma forma diferente.

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    1. A gente precisa aprender que não viemos para o mundo para morrer para os outros, não somos um messias.

      Obrigado pelo comentário ❤

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  20. Muito interessante o texto.
    A coisa do pacifismo tóxico é um problema sério para um monte de gente. Algumas que eu conheço bem de perto até.
    No meu caso, eu não tenho muito essa coisa de me doar (sou até bem controlado nisso), mas tenho um outro tipo de pacifismo problemático. Eu evito entrar em conflito e acabo guardando para mim tudo que me incomoda.
    Parece que eu estou sempre de boa (por um lado isso é bom), mas é algo que me impede de expressar meu incômodo com algumas atitudes dos outros. As vezes eu acho que deveria ser mais pistola. Sei lá.
    São reflexões interessantes.

    Muito bom o texto
    Um abraço

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  21. Sei bem como é essa correria. Infelizmente não temos como dar conta de tudo. O negócio é se organizar, tentar colocar a grande maioria em prática, as prioridades. E não desistir.

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  22. Olá! Apesar de ter gostado do texto todo, preciso dizer que algumas parte me tocaram, por ser algo que tenho passado recentemente, ou discutido sobre...
    A primeira é "sobrecarregada". Eu e as meninas do blog tivemos uma longa conversa sobre isso. Nos cobramos muito, a gente se impunha coisas e acabavámos sobrecarregadas com tudo. E sofrendo se algo desse errado. E o blog, ainda que seja sério, seja nosso amor, também é pra ser nosso prazer, nosso relaxamento. Então, estamos tentando mudar isso e está fluindo. Depois, vida social. Eu me cobrava muito, porque escutava que eu e meu marido não curtíamos comos outros amigos etc etc. E ficava refletindo. Mas, parei para enxergar que pessoas tem estilos diferentes. A gente gosta de coisas calmas. Um passeio, um cinema, um restaurante. Até mesmo uma tarde gostosa em casa. Isso é problema nossa e não dos outros. E, por fim, o lado mal. Passei muito tempo achando que eu deveria sempre ser alegre, sempre educada e sempre boa com todos. Mas não funcionada desse jeito. A vida teve que me dar umas porradas e me mostrar que eu tenho direito de estar mau humorada, estar puta e com raiva. Eu sou humana, afinal de contas. Enfimmm, acho que ficou enorme esse comentário haha. Beijos
    https://almde50tons.wordpress.com/

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    1. Fico feliz que você tenha se relacionado com as minhas reflexões ❤

      Com certeza! Tem uma coisa em mim é que às vezes sinto vontade de fazer coisas diferentes, então apesar de gostar de coisas calmas, às vezes ainda sinto vontade de ir para uma balada e dançar. Vai entender kkk

      Beijos ❤

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  23. Que texto intenso, nossa... Sou muito ligada ao lado da psicologia e amo todas a reflexões que essa área trás. Todos temos um lado mau. Precisamos aprender a lidar com nossas personalidades e nos entender. Sem dúvidas vou ler outras matérias do seu blog.

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    1. Que bom que gostou! Tenho muitos textos bem reflexivos e longos como esse.

      Espero que goste! ❤

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  24. Olaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
    O menino não tem uma agenda? Cobra ao R. Não, tu não és o R, tu és o Garoto e o R não és tu ;)
    Beijokitaz




    www.devaneiosdemissl.com

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    1. Todo mundo fala para eu comprar uma agenda kkkk

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    2. Eu não sou todo o mundo. Pede ao R de prenda de aniversário <3

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  25. Oie!
    Gostei muito da construção dessa análise! Eu sempre fico pensando sobre essa parte minha que só sabe assinar papel de trouxa em algumas situações e que, em outras, costuma ser vista como a vilã malvada de coração de gelo.
    Acho que pra tudo na vida (e gostei das referências culturais que você trouxe, que ainda me deu nostalgia ao ver o desenho do Jackie aí), precisamos de equilíbrio. Sempre que tendemos mais para um lado do que para outro, que cedemos apenas aos impulsos egoístas ou que nos anulamos diante de outras pessoas, saímos feridos (e ferindo os outros ao nosso redor). Não é saudável pra ninguém. Não que seja fácil trabalhar esse balanço, encontrar um ponto mediano, mas sempre que conseguimos ponderar tudo, a vida tende a melhorar.
    A parte que você fala sobre culpa achei muito pertinente, essa questão que eu com meu juridiquês meia boca relembro sempre como 'inversão da culpa', é o que tendemos a fazer. Pra não parecermos malvados diante dos outros. Ao mesmo tempo, não dá pra desconsiderar os danos que causamos e assumir sua própria culpa faz parte disso.
    xoxo

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    1. Deu até vontade de assistir o desenho do Jackie Chan de novo, bons tempos.

      Fico feliz que você tenha gostado da publicação, obrigado pelo comentário! ❤

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  26. Que texto, post intenso, mulher. Me fez um bem danado ler esse texto, maravilhosoooo! Ótimo texto. Beijooookaaaas!!!!!!

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    1. Fico feliz que você tenha gostado. Espero te encontrar mais vezes aqui ❤

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  27. Cara me vi no seu texto, até eu abraçar minha sombra demorou e muito. Até hoje tenho um pouco de dificuldade mas a terapia tem me ajudado muito além da minha crença religiosa (tô vendo por um outro ângulo pois no paganismo não há a ideia de pecado nem de salvação e te incentiva a ver seu lado "ruim"). Fui cristã grande parte da minha vida e ainda carrego resquícios também. Mas é um processo longo e te admiro muito, você é um vencedor, sério mesmo <3

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