Freud falou muita besteira? Sim! (Reflexão)

Sigmund Freud, o pai da teoria psicanalítica. (Imagem retirada da internet)

Não, você não leu errado e sim, este continua sendo um blog de um amante de psicanálise, porém, eu queria propor uma reflexão e nada melhor do que utilizar nosso bom e velho Freud como exemplo, não é mesmo? Antes de me jogarem pedras, leiam até o final para entender minha linha de raciocínio.

Na época que tentei organizar o grupo de estudos de psicanálise, que acabei cancelando por motivos de problemas pessoais, eu recebi alguns comentários nas redes sociais dos grupos de psicologia questionando se valia a pena investir tempo lendo a obra do Freud já que ela supostamente estaria "ultrapassada".

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Esses questionamentos são bem comuns em grupos de estudantes da área, na verdade. Confesso que isso me entristece um pouco porque geralmente as pessoas não se aprofundam nessa questão, só repetem o que leram em algum site aleatório. E, toda vez que eu tento incentivar um debate sobre algum ponto da teoria psicanalítica, ele é desvirtuado para esse tipo de discussão. Por conta disso, eu até acabei saindo ou deixando de seguir alguns grupos do Facebook. Não é saudável ficar gastando nossa energia em discussões infrutíferas.

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No entanto, como sou uma pessoa muito reflexiva e contemplativa, não pude deixar de observar algumas coisas. Um ponto que me chamou bastante atenção é a dificuldade que as pessoas têm para integrar teóricos, celebridades ou personalidades das quais elas admiram, os chamados ídolos. Apresentam dificuldade, também, com as figuras das quais elas não cultivam admiração, personalidades das quais elas não gostam. Já cheguei a refletir sobre essas coisas em outros posts do blog, como no anterior que falei sobre influenciadores, ou no que explico porque gosto da cantora Anitta.

O que estou tentando dizer é que elas enxergam eles de modo binário. Se eu gosto e admiro o Freud, eu preciso tratar como se ele fosse só coisas positivas, sua teoria fosse a perfeição em forma de livros e ele não tivesse cometido nenhum erro nem na sua vida acadêmica, nem na pessoal. Já se o que sinto por ele é antipatia, desgosto ou até mesmo desprezo, então eu preciso negar todas as grandes contribuições do Freud para a área de saúde mental, psicologia, antropologia e outras ciências e tratar como se ele fosse uma fraude completa por causa de um punhado de erros ou de algumas teorias que não são bem-aceitas.

Então, eu não tenho problema nenhum em dizer que nosso Sr. Freud já falou muita besteira mesmo! Existem muitas teorias freudianas que nunca tiveram aceitação, nem na época que foram postuladas, nem depois. Entre elas, podemos citar algumas teorias psicanalíticas sobre religião, contidas no livro Totem e Tabu (1913), que não possuem nenhuma aceitação dentro da área da ciência da religião e são mencionadas apenas quando se estuda a história da disciplina.


Outro ponto controverso da obra do Freud são seus inúmeros ataques ao seu ex-pupilo Carl Gustav Jung em obras como Conferências Introdutórias à Psicanálise (1916-1917) e Introdução ao Narcisismo (1914-1916), os dois tiveram um rompimento bem difícil e aparentemente, Freud demorou um bom tempo para superar (se superou). A relação de Freud com Jung e outros ex-pupilos já demonstram outro defeito do nosso querido teórico: autoritário, inflexível, e talvez narcisista? Freud não lidava muito bem quando seus seguidores discordavam de suas ideias. Outro rompimento famoso foi com Alfred Adler. Cada um deles fundou sua própria escola dissidente: Jung a psicologia analítica (ou complexa) e Adler a psicologia do poder (ou psicologia individual).

Se investigarmos a fundo a vida de cada um dos teóricos psicanalistas mais famosos, encontraremos vários pontos controversos em absolutamente todos. Do próprio Freud, Lacan, Melanie Klein, etc. E não para por aí não, se investigarmos a fundo a vida e obra de teóricos de outras abordagens o resultado será absolutamente o mesmo. Um dos teóricos que as pessoas mais mencionam quando se posicionam como defensoras da ciência é Karl Popper, principalmente quando elas querem criticar a psicanálise já que ele foi um grande crítico dessa disciplina. Contudo, as críticas de Popper à psicanálise pouco tem de científicas já que ele não refutou a teoria com base na literatura da área e sim em conversas informais que teve com Alfred Adler, que era seu colega, e com noções extremamente equivocadas do que seria um tratamento psicanalítico. Não vou me aprofundar nessas questões, talvez em outro post, porém, acho importante citar esses exemplos para demonstrar que enquanto o teórico for um ser humano, sua teoria e a sua história de vida não será imaculada e perfeita.

Isso não significa que devemos jogar esses trabalhos fora e que eles não servem de nada. Muitos dos livros do Freud ainda continuam sendo literatura de referência para as terapias de base psicanalítica e se eu quero ser um terapeuta ou analista dessa abordagem, é extremamente importante que eu tenha conhecimento a respeito dessas teorias. Obviamente, devo fazer uma leitura crítica e também ir me atualizando consumindo obras de teóricos posteriores. Pelo conhecimento que eu já tenho estudando psicanálise, eu já encontrei inúmeras imperfeições, termos que acredito que deveriam ser revistos para tornar a teoria mais clara, compreensiva e evitar equívocos, mas não existe perfeição. Essas coisas todas ainda estão em constante construção, a ciência é um trabalho coletivo e horizontal. Esse é um dos fatores principais que diferenciam o conhecimento científico das outras formas de conhecimento: ele avança, não é estático, ele se constrói, se aprimora.

Conclusão

Espero que vocês tenham entendido porque é bizarro eu ter que justificar porque quero e acho útil estudar a obra de um teórico independentemente de ele ter erros e imperfeições no seu trabalho. Também espero que vocês tenham percebido o quão distante do pensamento científico é essa ideia de só dar crédito para o trabalho de teóricos que gosto ou simpatizo. Outro dia eu estava discutindo sobre política com outros estudantes e mencionei a teoria do Paradoxo da Tolerância de Karl Popper, recebi respostas do tipo: "não gosto do Popper" e julgamentos por eu ser um estudante da área da psicanálise e estar citando um teórico que em tese é rival da abordagem, quase como se eu tivesse cometendo um pecado. Assim como sei que muitos psicanalistas vão ficar horrorizados quando ver o título desse post alfinetando o santo Freud padroeiro da teoria psicanalítica 😆.

Tenham em mente que o importante é o conteúdo e não se você vai com a cara do autor e também que não existe obra ou teoria perfeita, enquanto for postulada por um ser humano. Integrem os lados bons e ruins das coisas.



Comentários

  1. Enquanto Ex-aluno e agora formado do curso de Psicologia, minha crítica se dá pela inserção de pseudociências dentro do curso de formação da área, seja a Psicanalise ou demais abordagens. Não nego suas importâncias históricas e filosóficos, mas vende-las como ciência dentro da universidade, prejudica e muito a realidade (fora da faculdade) dos pacientes psiquiátricos, ao não criar critérios científicos de avaliação, bem como manejos na intervenção de tais pacientes, o que acarreta gravemente seu quadro de saúde mental, bem como ao agravamento do sofrimento dos familiares que convivem com tais pacientes e
    a formação de novos profissionais que saem sem um preparo adequado para lidar com esse publico.
    Quando tais abordagens deixarem suas próprias ideologias, romantismos, narcisismo e masturbações intelectuais de lado, serei o primeiro a defende-las, como fiz quando psicanalíticos americanos começaram a criar teste psicológicos com embasamento científicos. Do contrario, os considero como uma linda e bela literatura a ser lida nos momentos de ócio.

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    1. Olá! Isso não é muito verdade uma vez que o tratamento psicanalítico é considerado de alta eficácia para inúmeras condições e os profissionais que trabalham com psicoterapias psicanalíticas tem diversas técnicas de avaliação e intervenções.

      Link da meta-análise que comprova: Psychodynamic Psychotherapy Brings Lasting Benefits through Self-Knowledge

      Se você não considera essa abordagem interessante ser estudada, estude outra, mas ela continuará sendo útil e aceita enquanto houverem pesquisas comprovando sua eficácia. Abraços!

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    2. Publiquei a tradução do resumo dessa pesquisa aqui no blog, confira pelo link: Terapia psicanalítica apresenta bons resultados (Estudo)

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  2. O auto-conhecimento e o auto-governo é premissa de toda e qualquer abordagem psicológica, não foi essa a crítica. A crítica se dá pela não padronização dos critérios avaliativos e classificações interventivos com embasamento cientifico, seja em contexto clínico ou institucional. O próprio uso do DSM, aparentemente citado pelo autor, é fruto Psicanalítico e usualmente critério para reducionismo dos pacientes, altamente criticado por Psicólogos de varias abordagens, como instrumento de patologização da vida e contribuição para a industria farmacêutica (Tema do meu TCC).
    Por muito durante o curso, fui adepto a Psicanalise, mas quando me deparei com a prática, percebi o quanto ela ainda não atinge os critérios científicos, caro a todo profissional que trabalha nas áreas de saúde e outras, sendo aí (para mim) um grave crime de direitos humanos (já que a pouca verba destinada a saúde mental no Brasil, patrocina em sua
    maioria tratamentos de cunho Psicanaliticos, quando na lei, deveria ser destinada a tratamentos com intervenções baseadas cientificamente, como é em qualquer país de primeiro mundo), o que reflete ao atual estado da saúde mental no Brasil, como para a própria Psicologia brasileira.
    Seria fanatismo negar que determinados conceitos criados pela Psicanalise ou outras, são de fato passiveis de comprovação cientifica, mesmo que elas não saibam se adequar as normas e critérios científicos e se apegaram a sua própria ideologia para a explicação do fenômeno. Mas talvez você concorde comigo que se uma pessoa não estudar para fazer uma prova do Enem (exemplo), essa pessoa com absoluta certeza acertará algumas questões.
    Seguirei seu blog e pagina do Facebook para ajudar sua causa, gosto desse tipo de debate e agradeço a resposta.

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    1. Amigo, se existe uma infinidade de pesquisas que comprovam que o tratamento psicanalítico é inquestionavelmente muito eficaz. Eficácia bem acima do efeito placebo e maior até do que dos antidepressivos mais comuns. Falta de ética ou compromisso com a ciência seria é querer que essa forma de terapia deixasse de ser ensinada e praticada.

      Você diz que a falta de padronização é um problema e eu te pergunto: seres humanos são padronizáveis? O sofrimento psíquico é padronizável?

      Cada ser humano tem uma história de vida única, dois pacientes com o mesmo diagnóstico ainda possuem mundos de diferenças entre seus quadros. A psicanálise e outras vertentes da psicologia, como o humanismo, enxergam a individualidade acima dos rótulos dos diagnósticos e isso é uma característica delas que não é nenhum demérito.

      Nem toda escola da psicologia quer ou busca ser próxima da visão psiquiátrica e não sei porque algumas pessoas enxergam isso como algo negativo.

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    2. Nenhum país de primeiro mundo proíbe tratamentos de base psicanalítica. E o tratamento possui comprovação científica de eficácia, como já publiquei o link da pesquisa aqui.

      De qualquer forma, muito obrigado pela visita e bom final de semana.

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    3. A falta de padronização que eu citei é em relação as avaliações e o reducionismo de que todo conflito psíquico se dá, via de regra, por traumas nas fases sexuais infantis, é um descaso com uma avaliação criteriosa e consequentemente um trabalho cientificamente eficaz.
      Ainda se falando da realidade da Psi brasileira, é comum ver psicanalistas se orgulhando por classificar seus atendidos dentro de um CID do que de fato propor um tratamento, lavando as mãos em relação a pacientes que não apresentem melhoras, apontando a responsabilidade unica e exclusivamente ao paciente, não se fazendo uma autocrítica acerca da própria ideologia, que não se permite criticas.
      Um exemplo disso, ainda se falando da realidade brasileira, é o atual movimento dos pais de crianças autista na luta para um tratamento com comprovação cientifica para seus filhos, visto que os oferecidos pela rede não atendem a demanda dos mesmo (e muitos outros)
      A critica não é exclusiva à psicanalise e a defesa é em prol de uma saúde mental de qualidade e não a promoção de seus autores.

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    4. Existem profissionais incompetentes em qualquer profissão ou abordagem, eu já fui atendido por vários psiquiatras ruins. Por acaso a psiquiatria deveria ser banida por causa disso? Se existem terapeutas psicanalíticos que só se importam com o CID, não estão praticando adequadamente a abordagem e não é culpa da mesma.

      Essa questão do autismo já é antiga e dentro da própria área os pesquisadores de psicanálise reconhecem que essa forma de terapia não é indicada para autistas. Isso não tem a ver com falta de suporte científico, mas com o fato de o autismo ser uma questão neurológica, portanto não tratável com psicanálise.

      Eu não entendo porque você está insistindo que a psicanálise não possui apoio científico sendo que eu postei um link de uma pesquisa que reúne mais de 160 estudos demonstrando que ela possuí alta eficácia. Inclusive em comparação com a cognitiva- comportamental.

      Essa questão dos conflitos sexuais infantis é muito complexa, talvez eu faça uma publicação para esclarecer isso, mas, em resumo, o conceito de sexualidade para a psicanálise não é o mesmo do senso comum e de outras áreas da psicologia. Para a psicanálise, a sexualidade é o desejo e o prazer individual de modo geral.

      Então quando algum psicanalista fala em conflitos sexuais da infância, ele não está falando exclusivamente de genitais e coisas do tipo, mas da relação da criança com seus desejos egoístas. Um desses conflitos, por exemplo é o complexo de intrusão, postulado por Lacan, em que a criança ao ter um irmão precisa lidar com o fato de que ela não é mais o centro das atenções. Você encararia isso como sexual? Para a psicanálise é porque está lidando com os impulsos egoístas da criança.

      As teorias psicanalíticas são bem complexas e nada reducionistas. O que eu observo mais, na verdade, são os críticos à psicanálise serem reducionista na compreensão que eles tem dela.

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  3. Muito válido seu post, porque ele aborda um ponto que talvez todos nós tenhamos consciência na teoria, mas sofremos para colocar em prática. É realmente bizarro você ter que explicar que não é porque você estuda um tema x, ou a abordagem de um autor y, quer dizer que você concorda 100% ou que a referida pessoa é a perfeição encarnada na Terra. Até porque, para criticar e discordar temos que conhecer, não é? Acho que todo mundo que critica as teorias de Freud, por exemplo, teve que ler e estudar o que ele escreveu para poder discordar. (eu não conheço e não entendo nada desse assunto em específico, estou falando de forma geral mesmo). E extrapolando essa questão acadêmica e científica, esse assunto que você abordou no post vale em qualquer circunstância. Se eu não gosto do trabalho ou da visão de uma pessoa em qualquer tema, não quer dizer que em todo o resto ela vai estar errada. Do mesmo modo, alguém com a qual eu concordo em algum ponto não vai estar sempre certo. Muito bom seu texto!

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    1. Sim, é bizarro e cansativo porque isso deveria ser o óbvio, mas não é.

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  4. Eu gostei imensamente da sua postagem. Uma leitura ágil, objetiva. Quero ser mais assíduo ao seu blog. Até porque me identifiquei por você gostar muito de psicanálise. Eu gosto muito de psicanálise. E conforme seu texto, não impede de ver os erros que Freud cometeu. E ainda sim, sou capaz de reconhecer sua profunda contribuição nos alicerces da humanidade. O ego acadêmico é um dos mais fortes e poderosos que se tem notícia. Desse ponto, a gente consegue compreender como é difícil encontrar "humildade" nas universidades. Não só lá é claro rsrs.

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    1. Concordo. E que legal que gostou do blog, espero te ver mais vezes por aqui :3

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  5. Como já comentei anteriormente, considero Freud uma excelente literatura e só. Mas, como eu disse, isso sou eu... e não vou questionar a escolha do outro. Cada um se orienta com quem se identifica. E não se trata de dizer ou não besteiras, de teorias válidas ou não, publicadas ou não. A questão é a não-identificação e o continuo questionamento. Desde que iniciei os meus estudos, na faculdade, questionei muitas coisas na literatura freudiana. Foi útil saber que ele não seria meu Norte. mas, para isso, precisei estudá-lo... "ouví-lo".
    Um pessoa pode não acreditar em deus enquanto a outra pode acreditar. Será sempre uma questão pessoal. Mas, nesse contemporâneo, todos se sentem a vontade para dizer o que o outro deve o não fazer, pensar, sentir, exercer.
    Respiro fundo e vou ler minhas notas pessoais sobre o nada. rs

    bacio

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  6. Oi Raphae, tudo bem?

    Apesar de nada conhecer sobre o tema, eu concordo com sua percepção de que temos dificuldade em encontrar pontos falhos em quem amamos ou admiramos, ou em pontos positivos em que odiamos. Isso me lembra David Foster Wallace argumentando, no Consider the Lobster, que Dostoievsky é tão endeusado que acaba não sendo lido. Com alguns ajustes é basicamente o que você disse.

    Um abraço e obrigado por compartilhar.

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  7. Olá!
    Nós, seres humanos, temos a tendência a "endeusar" aqueles a quem chamamos de ídolos, e na mesma medida, endemonizamos aqueles de quem não gostamos (seja famoso ou não). Não sou lá muito fã de Freud, mas reconheço que suas contribuições na área da Psicanálise foram úteis (mesmo que sejam bizarras em certos pontos).
    Parabéns pelo post e pelo blog. Ótimo texto!
    Beijinhos e boa semana
    Isabelle
    https://blogalgodotipo.wordpress.com/

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  8. Eu, como estudante de psicologia, que teve MUITO Freud na faculdade posso dizer que muita coisa na sua teoria está ultrapassada, e que ele era levemente arrogante por não aceitar ser contestado de maneira nenhuma. De toda forma, eu gosto muito da teoria que ele desenvolveu e tudo que se desdobrou dela (a psicanálise de Winnicott, de Lacan, a própria Gestalt...). Ele foi uma pessoa de sua época, com alguns pensamentos machistas e meio marrento, como diria minha professora de psicanálise hehe.
    Adorei a sua reflexão! <3

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    1. Os pontos centrais das teorias dele ainda são a base de várias formas de psicoterapia de fundo psicanalítico. E boa parte dessas teorias também foram atualizadas e complementadas por teóricos posteriores.

      Fico feliz que você tenha gostado, beijos <3

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  9. Adorei seu post, e mesmo sendo leiga sobre assuntos de psicanálise, eu entendo o que você quis dizer e como isso pode ser inserido em qualquer tema, pois as pessoas tendem a colocar seus ídolos em um pedestal onde só existe perfeição, e por mais que seja óbvio falar que não existe perfeição e até mesmo as pessoas que mais admiramos vão errar nessa vida, existem aquelas que insistem em apedrejar quem sai um tico fora dessa linha perfeita que criam em suas cabeças. E o que é pior, as pessoas tendem a querer mandar no que a outra pode ou não gostar, sentir e por aí vai. Temos muito o que refletir e evoluir.
    Ótimo post.

    Beijos

    https://almde50tons.wordpress.com/

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    1. Sim, dá para observarmos isso até na cultura pop com a forma que as pessoas lidam com celebridades e cantores.

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  10. Confesso que não sou um estudioso de psicanálise, mas acredito que Freud se tornou sim um grande exemplo para as gerações seguintes. Entretanto, como todos, deve ter tido atos e teorias que não foram aceitas e de repente, no mundo de hoje, nem sejam mais pertinentes. Mas sem dúvida, foi um grande mestre.

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    1. Com certeza, ele foi onde tudo começou. Na área da psicologia clínica. Sempre será uma figura relevante.

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  11. Que Texto máximo hein?! Minha cunhada faz psicologia e ela me conta muita coisa que não só os profissionais da área deve saber, mas também pais e mães deveriam ter acesso. Adore o teu post. Bjus

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    1. Fico feliz que você tenha gostado, Sheila. Obrigado pela visita.

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  12. Oie.
    Nem posso opinar muito, pois não entendo o assunto. Mas acho que trazer uma reflexão e um debate sobre Freud é saudável e interessante, sempre levando o ponto que, o Mundo Muda, a saúde psicológica caminha para isso também, acho natural nos estudos mais modernos colocar as ideas dele em discussão

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  13. Adoro o tema psicanálise e adorei o seu post. Ele nos faz refletir e entender, e principalmente nos identificar em alguns pontos. Parabéns.

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  14. Olá Raphael, tudo bem?
    Eu não sou muito ligada em textos acadêmicos, mas na minha área existe as mesmas questões, sobre autores e suas teorias ultrapassadas, que eu concordo com você não é porque existe falhas que não é importante ler, porque devemos nós mesmo fazemos a análise do que é ou não relevante para nossa vida profissional, e utilizar as melhores técnicas que acreditamos que funcione.
    Abraços

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    1. Com certeza e existem muitas coisas úteis na obra dele. Inúmeras. Obrigado pela visita <3

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  15. Olá, tudo bem?

    De fato, existem muitas teorias dele que não foram aceitas. Muito bom ler a sua publicação, foi uma leitura esclarecedora!

    Obrigado pelo post!

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  16. Oi! Olha, eu não sou muito fã de Freud, mas sabemos como ele tem sua importância. Mas, gosto muito do ponto sobre endeusar ídolos. E não só endeusar, mas como estamos na fase do "cancelamento", também é algo terrível. Sinto que estamos vivendo numa época muito complicada, no sentido comportamental. Somos tóxicos, seletivos... é algo meio doentio de ver.
    Parabéns pelo post. Beijos
    https://almde50tons.wordpress.com/

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    1. Eu interpreto essa coisa do cancelamento como um endeusamento ao contrário.

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